Ditada pelo espírito Oraci para sua filha Fernanda
Fernanda, é seu pai Oraci.
Que bom que hoje eu consegui a bênção de poder te escrever.
Foram tantas as aventuras que vivemos juntos, né, filha? A diversão foi grande quando você era criança, mas eu, como seu pai, não soube entender que você estava crescendo e quis te tratar como criança, mesmo você se tornando uma moça. Perdoa o pai, pois esse erro fez com que nós nos afastássemos. E hoje, você se culpa por não ter estado ao meu lado quando parti, mas a culpa não foi sua, minha filha, nem minha. Foi preciso para que nós tivéssemos a oportunidade de amadurecer.
Quero que saiba que te amo demais. Sinto saudade, mas não sofro. Pelo contrário, quando sinto, eu logo lembro de nossas aventuras e brincadeiras e dou risada sozinho. Os irmãos amigos me perguntam do que estou rindo, e logo conto todas nossas aventuras, e eles sorriem comigo. Damos boas gargalhadas. A saudade, filha, pode ser encarada com boas gargalhadas. Lembre-se disso.
Te amo, meu amor.
Seu pai, Oraci Duarte
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